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Pedro Emanuel

Inicialmente há uma certa resistência e desconfiança, potenciada por uma visão, a priori, de falta de eficiência formativa. Existe igualmente um certo sentimento de facilitismo face à modalidade de e-learning. Mas na verdade, trata-se de uma perspectiva que se vai desmistificando à medida que se vai mergulhando neste universo. O contacto e a interacção do formando com as ferramentas de e-learning constituem-se, por si só, como uma motivação adicional na realização de um percurso de formação. Por outro lado, pensar que fazer um percurso formativo por e-learning é mais fácil constitui-se como um tremendo erro. Em primeiro lugar porque o formando se vê obrigado a trabalhar com ordem e método, “co-respondendo” às solicitações e timings de participação nas plataformas e-learning e entrega de documentação e actividades.
Numa outra perspectiva, o formando faz a gestão da sua aprendizagem. Tem que organizar todo o seu trabalho com empenho e dedicação para alcançar o sucesso. Não é mais fácil e isso descobri-o por experiência própria. Este sistema permite ao formando aceder a um conjunto de conteúdos permanentemente disponíveis. Ao contrário daquilo que se possa pensar, facilita a interacção através de fóruns de discussão, de sessões síncronas, chats, mensagens ou emails, promovendo a comunicação entre formadores e formandos. Por outro lado, a gestão de tempo é mais flexível e permite adequar ritmos diferentes de aprendizagem. A formação por e-learning constitui-se, por si só, como uma aprendizagem, isto é, os formandos vão descobrindo novos processos de interacção com os conteúdos, colegas de formação e formadores.
Neste sentido, a minha experiência enquanto formando de e-learning permite-me dizer que esta modalidade supera as expectativas dos mais cépticos, uma vez que permite, além das vantagens já enunciadas, interagir em qualquer momento e espaço, com os diversos intervenientes, conteúdos ou matérias de formação.