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Desmistificar o e-Learning

O eLearning (ainda) é visto com algum distanciamento e até desconfiança pelo público português. Apesar de - a nível mundial - estar já a “dar cartas”, com plataformas com um grande nível de aceitação, na realidade em Portugal parece estar a chegar à sua fase de verdadeiro crescimento.

Eu próprio, até há alguns anos, era um dos céticos desta forma de organização de formação, quer como formador quer como gestor de formação. Acreditando muito no poder da interação humana, naturalmente que a formação a distância não permite explorar, com a mesma produtividade.

No entanto, de forma lenta mas gradual, fui-me interessando pela temática e iniciei a dar alguma formação nesta modalidade e - mais tarde - a gerir algumas plataformas. Ainda nesta fase estava muito apreensivo com o software Moodle, que ainda hoje domina no eLearning. A apreensão devia-se ao que tantas vezes ouvimos falar: tem poucas funcionalidades, é um software muito antigo, etc. O que fui descobrindo, a maioria das vezes em regime de "auto-estudo", é que o Moodle é... fantástico.

Sim, o Moodle ainda se adequa perfeitamente aos níveis de exigência de hoje em dia. O que sucede é que a grande maioria dos (e)formadores ainda não o explora ao máximo. É importante saber que ao Moodle "base" podemos agregar diversos "extras", que nos trazem outras possibilidades, em termos de interação com os formandos, por exemplo. Mas talvez mais importante do que o Moodle em si, é o correto uso de ferramentas externas, que todos nós conhecemos, mas que (ainda) poucos usam. Falo de apresentações multimédia (Prezi, flash, etc.), de transmissão online (via Youtube ou outras plataformas), entre muitos outros recursos.

Qual é a minha atual conclusão em relação ao Moodle (e ao eLearning, no geral)? Apesar de continuar a crer que a formação a distância nem sempre é a melhor opção, acaba por dar um excelente contributo para outras tantas situações. Temos é que a ver tal como vemos a formação dita tradicional: temos que ter os recursos apropriados, quer a nível informático, quer (principalmente) ao nível dos eFormadores.

Ricardo de Carvalho, eformador e gestor de eformação - Leiria